Energia de equilíbrio para as novas crianças

Energia de equilíbrio para as novas crianças
clique na imagem para saber mais...

Piedade Filial

Baseado no Evangelho Segundo o Espiritismo façamos a seguinte reflexão: O que devemos nos conscientizar sobre a relação pais e filhos terrenos?

Que o mandamento: “Honra o teu pai e a tua mãe”, é uma conseqüência da lei geral da caridade e do amor ao próximo, que não posso amar ao próximo sem amar aos pais; mas honrar implica um dever a mais para com eles: o da piedade filial. O que significa? Que ao amor é necessário juntar o respeito, a estima, a obediência e a condescendência, o que implica na obrigação de cumprir para com eles, tudo o que a caridade determina em relação ao próximo. Esse dever se estende naturalmente a todos aqueles que se encontram no lugar dos pais, e cujo mérito é tanto maior, quanto o devotamento é para eles menos obrigatório. Deus pune sempre de maneira rigorosa toda violação desse mandamento.

Assim, honrar ao pai e à mãe não é somente respeitá-los, mas também assisti-los nas suas necessidades; proporcionando-lhes o repouso na velhice; cercá-los de solicitude, como eles fizeram por nós na infância. É, sobretudo para com os pais sem recursos que se demonstra a verdadeira piedade filial. Dar-lhes somente o necessário para que não morram de fome, enquanto se vive em abundância? Relegando-os aos piores aposentos, apenas para não deixá-los na rua, e reservando para si mesmos os mais confortáveis? E ainda pior quando tudo isso é feito de má vontade, sendo os pais obrigados a pagar o que lhes resta da vida com a carga dos serviços domésticos! Os pais velhos e fracos servindo aos filhos jovens e fortes? A mãe lhe teria cobrado o leite, quando ainda estavam no berço? Teria, por acaso, contado as suas noites de vigília, quando eles ficavam doentes, os seus passos para proporcionar-lhes o cuidado necessário? Não, não é somente o necessário que os filhos devem aos pais pobres, mas tanto quanto puderem as pequenas alegrias do supérfluo, as amabilidades, os cuidados carinhosos, que são apenas os juros do que receberam o pagamento de uma dívida sagrada. Essa é a piedade filial aceita por Deus.

Infeliz, portanto, aquele que se esquece da sua dívida para os que o sustentaram na infância, os que, com a vida material, lhe deram também a vida moral, que freqüentemente se impuseram duras privações para lhe assegurar o bem-estar! Ai do ingrato, porque ele será punido pela ingratidão e o abandono; será ferido nas suas mais caras afeições, às vezes desde a vida presente, mas de maneira certa noutra existência, em que terás de sofrer o que fez os outros sofrerem!

Certos pais, é verdade, descuidam dos seus deveres, e não são para os filhos o que deviam ser, mas é a Deus que compete julgá-los, e não aos filhos. Não cabe a estes censurá-los, pois que talvez eles mesmos fizessem por merecê-los assim. Se a caridade estabelece como lei que devemos pagar o mal com o bem, ser indulgentes para as imperfeições alheias, não maldizer do próximo, esquecer e perdoar as ofensas, e amar até mesmo os inimigos, quanto essa obrigação se faz ainda maior em relação aos pais! Os filhos devem, por isso mesmo, tomar como regra de conduta para com os pais todos os preceitos de Jesus referentes ao próximo, e lembrar que todo procedimento condenável em relação aos estranhos, mais condenável se torna para com os pais. Devem lembrar que aquilo que no primeiro caso seria apenas uma falta, pode tornar-se um crime no segundo, porque, neste, à falta de caridade se junta à ingratidão.

Com Amor Universal, Cris